Siribeira Iate Clube: História e Tradição à Beira-Mar

Siribeira Iate Clube: História e Tradição à Beira-Mar

Siribeira Iate Clube

Tudo começou com amigos seresteiros que se reuniam na praia para cantar, tomar um aperitivo e contemplar aquela península encantadora, que na maré alta unia as praias da Areia Preta e do Meio, transformando o pontal em ilha. Segundo Silva Mello, era uma paisagem ímpar “com uma perspectiva perfeita das rochas contra o mar”.

Destes amigos cabe citar Dr. Heliomar Carneiro da Cunha, Osvaldo Epaminondas de Almeida e Everaldo Carvalho Nascimento. Segundo depoimento do Sr. Everaldo, tudo foi idealizado por Heliomar Carneiro que, "imbuído por um devaneio de praia, numa manhã curtida de sol, para criar aquela que seria por muitos anos, a alegre agremiação onde famílias se irmanariam numa convivência respeitosa e feliz".

Em 1947, o General Eurico Gaspar Dutra, então Presidente do Brasil, deu o título de posse e Heliomar e Epaminondas de Almeida fizeram os títulos de Sócio Proprietário, no valor de 1.000 cruzeiros e a maioria foi vendida para pessoas de Vitória, Minas, São Paulo e outros estados. Uma semana depois, aconteceu a cerimônia de lançamento da pedra fundamental.

No dia 18 de fevereiro de 1948, nasceu o Siribeira Iate Clube, fruto da conversa de amigos, seresteiros, companheiros e de maratimbas (nativos da região). Primeiro foi construído um rústico barraco de palha onde se improvisava um palco e o músico Gervásio Bodart, no comando do conjunto "Muquiçaba Serenaders", animava os foliões com animadas marchinhas.

A sede definitiva começou a ser construída em junho de 1951, concluída 19 meses depois, decorada com redes, peneiras e conchas de sururu, bem regional. O projeto foi de Hélio de Almeida Viana. As festas eram animadas pelas orquestras Hélio Mendes, Mauricio de Oliveira, H.O. e outras e culminavam com o carnaval, que mereceu uma nota do famoso colunista Ibrahim Sued: “...Existe no Espírito Santo um clube que faz um carnaval que rivaliza com os melhores carnavais do país e tem um nome esquisito Serebera…” Isto motivou a vinda de jornalistas do Rio e São Paulo e da TV Tupi, a mais importante emissora da época para fazer a cobertura da folia de Momo.

O nome SIRIBEIRA foi escolhido em função de existir pedra, numa poça d"água alimentada pela maré alta, uma árvore curvada pelo vento - árvore do Siri ou Sireiba, Rhizofora Mangle, mangue vermelho, manguezal predominante na região, de cuja casca rica em tanino, é usada pelos artesãos de panela de barro para tingir de negro o mais tradicional artesanato do Espírito Santo, onde são preparadas as famosas moquecas. Está árvore caiu durante um vendaval na década de 60 do século XX.

Como Guarapari, o Siribeira Clube foi perdendo o seu glamour. O último grande baile foi realizado no Réveillon/2000, cabendo ser citado o trecho do convite: "Optamos por um momento que traduzisse tranquilidade, pacificidade e harmonia no simples e no belo. O famoso Clube de glórias passadas sempre estará guardando em si uma extraordinária vitalidade. Plantado numa ponta rochosa que investe mar adentro, sem dúvida o local apropriado para abrirmos a janela dessa nova era... O importante é ser feliz...E a palavra chave para o novo milênio é paz."

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